segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Projeto "Leitura: Caminho para o futuro"

LEITURA: CAMINHO PARA O FUTURO












DADOS DE IDENTIFICAÇÃO


ESCOLA:

PROFESSORAS:  Clarice Pereira Martins
                                Edisa Cabreira da Silveira
                                Iádia Martins Peres
                                Maria Francisca de Lima Pedroso
                                Núbia Line Nobre Pinto


TEMPO DE EXECUÇÃO:

 
PERÍODO DE EXECUÇÃO: Primeiro Trimestre


ANO: 9º








JUSTIFICATIVA


Tendo EM vista que nossos alunos estão ficando acostumados com coisas prontas, torna-se necessário o desenvolvimento de um projeto que contemple as mais variadas formas de interpretação e compreensão de textos, envolvendo também a escrita e a reformulação dos mesmos a capacidade do ser humano de compreender os textos depende da relação entre o cérebro e os olhos.
Também faz parte deste processo de compreensão, o tipo de linguagem utilizada no texto, que pode facilitar ou dificultar a leitura.  Se o leitor não domina o tipo de linguagem do texto, dificilmente vai chegar a uma compreensão satisfatória, porque, os olhos se apóiam no significado daquilo que veem.  Se o leitor não conseguir encontrar significação na linguagem, não vai conseguir fazer uma boa, vai apenas decodificar os símbolos escritos mas não vai chegar a uma compreensão efetiva e o ato de ler se perde em sua essência






OBJETIVOS
 - Geral:
Desenvolvimento de motivações para leitura e produção textual

 - Específicos:
    Desenvolver o gosto pela literatura, através da  dramatização do conto “ O colar” de Guy de Maupassant
    Relacionar imagem e mensagem;
    Lançar os alunos no infinito mundo musical, buscando uma ou mais músicas relacionadas ao que vem sendo trabalhado, ou seja, buscar músicas que se relacionem com o conto e também com a figura por eles escolhida.
     Representar, através de uma história em quadrinhos o conto trabalhado, englobando a imagem e, também, a música escolhidas.
     Propor aos alunos que reescrevam o conto, mudando o foco narrativo da história.
 
Conteúdos:
Língua Portuguesa: Produção textual
Literatura: A obra de Guy de Maupassant
 
RECURSOS:
 
Humanos:
- Professores
- Alunos da 2ª etapa Ensino médio, modalidade EJA

Didáticos:
- Quadro e giz;
- Livros didáticos e teóricos;

tecnológicos:
- laboratório de informática da escola











ANEXOS













PLANO DE AULA Nº 01

Número de aulas: 02

Objetivos:
Desenvolver o gosto pela literatura, através da  dramatização do conto “ O colar” de Guy de Maupassant

Conteúdo:
Dramatização de conto.

Desenvolvimento:
As professoras distribuirão no primeiro dia de execução do projeto folhas impressas contendo o conto “O Colar”. Após será feita a leitura coletiva do mesmo, seguida da proposta de dramatização.
Os alunos farão a escolha dos atores e atrizes que irão representar na dramatização, seguido deste memento virão os ensaios.
O conto segue abaixo:
O Colar
Era uma dessas lindas e encantadoras jovens, nascidas, como por um erro do destino, numa família de empregados. Não tinha dote, nem esperanças, nenhum meio do ser conhecida, compreendida, amada, desposada por um homem rico e distinto; e acabou se casando com um simples escriturário do Ministério da Instrução Pública.
Não podendo entregar-se ao luxo, foi simples; mas infeliz como uma desclassificada, pois as mulheres não têm casta nem raça, servindo-lhes a beleza, a graça e o encanto de nascimento e de família. A fineza nativa, o instinto de elegância, a flexibilidade de espírito são-lhes a única hierarquia e tornam as filhas do povo iguais às maiores damas
Ela sofria continuamente, sentindo-se nascida para todas as delicadezas e todos os luxos. Sofria com a pobreza de seus aposentos, com a miséria das paredes, com a deterioração de cadeiras, com a fealdade das decorações. Todas essas coisas, de que uma outra mulher de sua casta não teria tomado conhecimento, a torturavam e a indignavam. A vista da pequena bretã que a servia em seu lar humilde despertava nela desolados queixumes e sonhos desatinados. Imaginava as antecâmaras mudas forradas de tapeçarias orientais, iluminadas por altos candelabros de bronze e com dois grandes criados de calças curtas que dormem nas grandes poltronas, narcotizados pelo calor incômodo da lareira. Imaginava grandes salões guarnecidos de seda antiga, de móveis finos encerrando bibelôs inestimáveis e pequenos salões galantes, perfumados, o chá das cinco, com os amigos mais íntimos, as homens conhecidos e procurados, cuja atenção todas as mulheres invejam e desejem!
Quando ela se sentava, diante da mesa redonda coberta com uma toalha de três dias, em face do marido que destampava a terrina declarando num ar encantado: "Ah! o cozido gostoso! não conheço nada melhor do que isso..." , ela imaginava jantares finos, pratarias reluzentes, tapeçarias povoando as paredes de personagens antigos e pássaros estranhos no meio de uma floresta de magia; imaginava pratos esquisitos, servidos em baixelas maravilhosas, galantarias sussurradas e ouvidas com um sorriso de esfinge, ao comer a carne rosada de uma truta, uma asa de perdiz.
Não tinha toaletes, jóias, nada. E não amava senão isso; sentia-se feita para isso. E tanto desejaria agradar, ser invejada, ser sedutora e procurada!
Tinha uma amiga rica, uma camarada de colégio que não queria ir ver mais, tanto sofria ao regressar. E chorava durante dias inteiros, de pesar, de dor, de desespero e de angústia.
Ora, uma tarde, o marido entrou em casa com um ar vitorioso, segurando na mão um grande envelope.
- Olhe, disse ele, aqui está alguma coisa para você!
Ela rasgou vivamente o papel e leu um cartão impresso que trazia as seguintes palavras:
"O Ministro da Instrução Pública e a Sra. Georges Ramponneau têm a honra de convidar o Sr. e a Sra. Loisel para o baile no Palácio do Ministério, a realizar-se segunda-feira, 18 de janeiro".
Em lugar de ficar encantada, como esperava o marido, ela lançou com despeito o convite sobre a mesa, murmurando:
- Que quer que eu faça com isso?
- Mas, querida, pensei que ficasse contente. Você nunca sai e aí está uma oportunidade, uma bela oportunidade! Custou-me muito para obtê-lo. Todo mundo queria; são muito disputados esses convites e os funcionários quase não os recebem. Verá todo o mundo oficial.
Ela o olhava irritada, declarando com impaciência:
- Que vestido quer que eu vista para ir lá?
Ele não tinha pensado nisso; balbuciou:
- Mas, o vestido com que vai ao teatro! Parece-me bem, a mim...
Calou-se estupefato, desatinado, vendo que sua mulher chorava. Duas grossas lágrimas desciam lentamente dos cantos dos olhos para os cantos da boca; ele gaguejou:
- Que é que você tem? que é que tem?
Mas, por um esforço violento, ela dominara a sua aflição e respondeu numa voz calma, enxugando as faces úmidas:
- Nada. Somente não tenho toalete e por conseguinte não posso ir a essa festa. Dê seu convite a algum colega cuja mulher esteja melhor provida de roupa do que eu.
Ele estava desolado. Falou-lhe:
- Vejamos, Matilde. Quanto custaria uma toalete conveniente, que pudesse servir em outras ocasiões, alguma coisa de bem simples?
Ela refletiu alguns segundos, fazendo as contas e pensando também na soma que poderia pedir sem provocar uma recusa imediata e uma exclamação de espanto no econômico funcionário.
Enfim, respondeu hesitando:
- Não sei ao certo, mas me parece que com quatrocentos francos eu conseguiria.
Ele empalidecera um pouco, pois reservara justamente essa soma para comprar uma carabina e participar de caçadas, no verão seguinte, no Vale de Nanterre, com alguns amigos que iam, ali, aos domingos, alvejar as calhandras.
Entretanto, disse:
- Pois seja. Dou os quatrocentos francos. Mas trate de arranjar um lindo vestido.
* * *
O dia da festa se aproximava, e a Sra. Loisel parecia triste, inquieta, ansiosa. Sua toalete, no entanto, estava pronta. O marido lhe disse, uma tarde:
- Que é que você tem? Está esquisita há uns três dias.
E ela respondeu:
- Não ter nenhuma jóia, nenhuma pedra, nada para pôr sobre mim é que me aborrece. Sempre parecerei uma miserável. Acharia melhor não ir a essa festa.
Ele prosseguiu:
- Arranje umas flores naturais. É muito elegante nesta estação. Por dez francos você terá duas ou três rosas magníficas.
Ela não se convenceu.
- Não... não há nada mais humilhante do que parecer pobre no meio de mulheres ricas.
Mas o marido exclamou:
- Como você é tola! Vá procurar sua amiga a Sra. Forestier e peça-lhe emprestado algumas jóias. Você tem intimidade suficiente com ela para fazer isso.
Ela soltou um grito de alegria.
- É verdade! Nem tinha pensado.
No dia seguinte, foi à casa da amiga e lhe expôs sua dificuldade.
A Sra. Forestier foi ao armário de espelho, dele tirou um grande estojo, abriu-o e disse à Sra. Loisel:
- Escolha, querida.
Ela viu primeiro uns braceletes, depois um colar de pérolas, depois uma cruz veneziana, ouro e pedrarias, de um trabalho admirável. Experimentava as jóias diante do espelho, hesitava, não podia decidir-se a deixá-las, a devolvê-las. Perguntava sempre:
- Você não tem mais nada?
- Tenho, sim. Procure. Não sei o que lhe pode agradar.
De repente, ela descobriu, numa caixa de cetim negro, um soberbo colar de diamantes; e o coração se lhe pôs a bater num imoderado desejo. As mãos tremiam ao segurá-lo. Atou-o em volta do pescoço, por cima do vestido fechado e permaneceu em êxtase diante de si mesma.
Depois, perguntou, hesitante, cheia de angústia:
- Pode emprestar-me este, somente este?
- Mas claro que sim, certamente!
Ela saltou ao pescoço da amiga, beijou-a com arrebatamento, depois fugiu com o seu tesouro.
O dia da festa chegou. A Sra. Loisel brilhou. Estava mais linda do que todas, elegante, graciosa, sorridente e louca de alegria. Todos os homens a olhavam, perguntavam-lhe o nome, procuravam ser apresen- tados. Todos os adidos do gabinete queriam dançar com ela. O ministro notou-a.
Ela dançava com embriaguez, com arrebatamento, embriagada pelo prazer, sem pensar mais em nada, no triunfo régio de sua beleza, na glória de seu êxito, numa espécie de nuvem de felicidade feita de todas aquelas homenagens, de todas aquelas admirações, de todos aqueles desejos despertados, daquela vitória tão completa e tão grata ao coração dos mulheres.
Saiu pelas quatro da manhã. O marido, desde a meia-noite dormia numa saleta deserta com três ou quatro senhores cujas mulheres se divertiam muito.
Lançou-lhe sobre os ombros as vestes que trouxera para a saída, modestas vestes da vida cotidiana, cuja pobreza contrastava com a elegância da toalete de baile. Ela o percebeu e quis fugir, para não ser observada pelas outras mulheres que se abrigavam em ricas peles.
Loisel a retinha:
- Espere um pouco. Vai resfriar-se lá fora. Vou chamar um fiacre.
Ela não o ouvia, porém, e descia rapidamente a escadaria. Quando chegaram à rua, não encontraram carro; e puseram-se a procurar, chamando os cocheiros que viam passar de longe.
Desciam rumo ao Sena, desesperados, tiritantes. Enfim, encontraram no cais um desses velhos cupês noctâmbulos que só se avistam em Paris ao cair da noite, como se ficassem envergonhados de sua miséria durante o dia.
O carro os conduziu até a porta de casa, à Rua dos Mártires, e, tristemente, subiram aos seus aposentos. Estava acabado para ela. E ele pensava que tinha de estar no Ministério às dez horas.
Ela tirou as vestes com que cobrira os ombros, diante do espelho, a fim de se ver ainda uma vez na sua glória. Mas de repente soltou um grito. Não tinha mais o colar em volta do pescoço.
O marido, meio despido já, perguntou:
- Que foi?
Ela voltou-se, desvairada:
- Não... não... não... tenho mais o colar da Sra. Forestier!
Ele se ergueu, desorientado:
- Quê!... Como!... Não é possível!
E procuraram nas dobras dovestido, nas pregas do casaco, nos bolsos, por toda parte. Não o encontraram.
Ele perguntava:
- Está segura de que ainda o tinha ao deixar o baile?
- Sim, toquei nele no vestíbulo do Ministério.
- Mas, se o perdesse na rua, nós o ouviríamos cair. Deve estar no fiacres.
- Sim. É provável. Tomou-lhe o número?
- Não. E você, não reparou?
- Não.
Aterrados, eles se contemplavam. Enfim, Loisel tornou a se vestir.
- Vou - disse ele - refazer todo o trajeto que fizemos a pé, para ver se o encontro.
E saiu. Ela ficou de toalete de baile, sem forças para deitar, abatida numa cadeira, sem coragem, sem pensamento.
O marido voltou pelas sete. Não encontrara nada. Foi à chefatura de polícia, aos jornais, para fazer promessa de uma recompensa, às pequenas companhias de transportes, a toda parte, enfim, aonde uma suspeita de esperança o levasse.
Ela esperou o dia inteiro, no mesmo estado de terror, diante daquele medonho desastre.
Loisel voltou à noite, com o rosto cavado, pálido; não tinha descoberto nada.
- É preciso - disse ele - escrever a sua amiga. Diga que quebrou o fecho da calar e que o mandou reparar. Isso nos dará tempo para nos mexer.
Ela escreveu sob seu ditado.
Ao cabo de uma semana, tinham perdido toda esperança.
E Loisel, envelhecido cinco anos, declarou:
- É preciso tratar de substituir o colar.
Tomaram, no dia seguinte, o estojo que o tinha encerrado e foram ao joalheiro, cujo nome estava inscrito dentro. Ele consultou os seus livros:
- Não fui eu, senhora, quem vendeu esse colar; devo ter fornecido somente o estojo.
Foram, então, de joalheira em joalheiro para encontrar um colar igual àquele, consultando as suas lembranças, doentes ambos de pesar e de angústia.
Encontraram, numa loja do Palais Royal, um colar que lhes pareceu inteiramente semelhante ao que procuravam. Valia quarenta mil francos. Deixá-lo-iam por trinta e seis mil.
Pediram então ao joalheiro que o não vendesse antes de três dias. E ficou convencionado que o devolveriam por trinta e quatro mil francos, se o primeiro fosse encontrado antes do fim de fevereiro.
Loisel possuía dezoito mil francos que lhe tinha deixado o pai. Pediria emprestado o resto.
Assim fez, pedindo mil francos a um, quinhentos a outro, cinco luíses aqui, três luíses acolá. Assinou letras, assumiu compromissos ruinosos, teve negócios com os agiotas, com todas as raças de emprestadores. Comprometeu todo o fim da sua existência, arriscou sua assinatura sem saber se poderia garanti-la e, atemorizado com as angustias do futuro, com a negra miséria que se ia abater sobre ele, com a perspectiva de todas as privações físicas e todas as torturas morais, foi procurar o novo colar, depondo sobre o balcão do negociante trinta e seis mil francos.
Quando a Sra. Loisel levou o colar à Sra. Forestier, esta lhe disse, num ar irritado:
- Você devia tê-la trazido mais cedo, pois eu poderia ter precisado dele!
Não abriu o estojo, que era o que temia a amiga. Se percebesse a substituição, que pensaria ela? Que diria? Não a tomaria por uma ladra?
A Sra. Loisel conheceu a vida horrível dos necessitados. Aceitou o destino, aliás, de chofre, heroica- mente. Era preciso pagar aquela dívida terrível. Ela pagaria. Despediram aempregada; mudaram de aposentos; alugaram uma mansarda.
Conheceu os trabalhos grosseiros do lar, as odiosas necessidades da cozinha. Lavou pratos, gastando as unhas rosadas sobre a louça gordurenta e o fundo das caçarolas. Ensaboou a roupa suja, as camisas e os panos de cozinha, que fazia secar numa corda; todas as manhãs carregou o lixo para a rua e subiu a água, parando em cada andar para tomar fôlego. E, vestida como uma mulher do povo, foi ao quitandeiro, ao vendeiro, ao padeiro, a cesta sob o braço, regateando, recebendo injúrias, defendendo soldo a soldo o seu miserável dinheiro.
Era preciso resgatar letras a cada mês, renovar outras, arranjar tempo.
O marido trabalhava à tarde, para pôr em dia as contas de um comerciante e à noite, muitas vezes, fazia cópia a cinco soldos a página.
E essa vida durou dez anos.
Ao cabo de dez anos, tinham saldado tudo, tudo, com a taxa da usura e o acúmulo dos juros.
A Sra. Loisel parecia velha, agora. Tornara-se a mulher forte, dura, rude, dos lares pobres. Mal penteada, com a saia de viés e as mãos vermelhas, falava alto, lavava os soalhos com abundância de água. Mas às vezes, quando o marido estava na repartição, sentava-se junto à janela e pensava naquela festa de outrora, naquele baile em que fora tão bela e festejada.
Que teria acontecido se não tivesse perdido aquele colar? Quem sabe. . . quem sabe? Como a vida é singular, mutável! Como é preciso pouca coisa para nos perder ou salvar!
Ora, um domingo, ao dar uma volta nos Campos Elísios, para repousar dos trabalhos da semana, percebeu de repente uma mulher que passeava com um menino. Era a Sra. Forestier, sempre jovem, sempre bela, sempre sedutora. A Sra. Loisel se sentiu emocionada. Falar-lhe-ia? Sim, certamente. E agora que tinha pago lhe diria tudo. Por que não?
Aproximou-se.
- Bom dia, Jeanne.
A outra não a reconhecia, assustando-se de ser assim chamada familiarmente por aquela burguesa. Balbuciou:
- Mas... senhora!... Não sei... Deve estar enganada.
- Não. Sou Matilde Loisel.
Sua amiga soltou um grito:
- Oh!... minha pobre Matilde, como está mudada!...
- Sim, tenho tido dias bastante duros, desde que deixei de vê-la e muita miséria... e isso por sua causa!
- Por minha causa... Como assim?
- Lembra-se daquele colar de diamantes que me emprestou para ir à festa do Ministério?
- Sim. E daí?
- Pois bem. Eu o perdi.
- Como! se me devolveu!
- Eu lhe devolvi um outro igual. E levamos dez anos para pagá-lo. Compreende que não era fácil para nós, que não tínhamos nada... Enfim, está acabado e eu me sinto rudemente contente.
A Sra. Forestier ficara parada.
- Você diz que comprou um colar do diamantes para substituir o meu?
- Sim. Não percebeu, hein? Eram bem iguais.
E ela sorria com uma alegria orgulhosa e ingênua.
A Sra. Forestier, muito comovida, tomara-lhe as duas mãos.
- Oh! minha pobre Matilde! Mas o meu era falso! Valia, quanto muito quinhentos francos!...

















                               







PLANO DE AULA Nº 02

Número de aulas: 01

Objetivos:
Relacionar imagem e mensagem;

Conteúdos:
Busca de imagem relacionada ao conto trabalhado.

Desenvolvimento:
As professoras, depois de previamente acertado com a direção da escola, encaminharão os alunos até o laboratório de informática, onde após a proposta da busca da imagem que julgarem relacionada ao conto, farão a busca da mesma na internet, com nossa ajuda.
Após a imagem escolhida por cada um será impressa e guardada para ser utilizada em um segundo momento.
 











PLANO DE AULA Nº 03

Número de aulas: 01

Objetivos:
Lançar os alunos no infinito mundo musical, buscando uma ou mais músicas relacionadas ao que vem sendo trabalhado, ou seja, buscar músicas que se relacionem com o conto e também com a figura por eles escolhida.

Conteúdos:
Busca musical.

Desenvolvimento:
Assim como na aula anterior, os alunos serão levados ao laboratório de informática da escola, onde desta vez, o desafio lançado será o da busca de músicas das quais possam ser feitas relações com o conto trabalhado, assim como, com a imagem já escolhida por eles.
 










PLANO DE AULA Nº 04

Número de aulas: 02

Objetivos:
Representar, através de uma história em quadrinhos o conto trabalhado, englobando a imagem e, também, a música escolhidas.

Conteúdos:
Redação de história em quadrinhos.

Desenvolvimento:

Lançar aos alunos a proposta da escrita de história em quadrinhos, que será desenvolvida ao longo dos dois períodos de aula.
 












PLANO DE AULA Nº 05


Número de aulas: 01

Objetivos:
Propor aos alunos que reescrevam o conto, mudando o foco narrativo da história.

Conteúdos:
Produção de texto.

Desenvolvimento:
As professoras irão propor aos alunos que reescrevam o conto, fazendo a alteração do foco narrativo.
 













              

               CULMINÂNCIA

A culminância do projeto se dará ao final do mesmo, com a dramatização do conto que será feita no auditório da escola para a apreciação dos colegas de turma e também das demais turmas da escola, deixando já assim, a semente plantada para a formação de um grupo de teatro, que poderá também, envolver alunos de outras turmas, ou se for de consenso, formar-se um grupo em cada turma, para que assim os alunos desenvolvam de maneira divertida e agradável o gosto pela “LEITURA” que, como já diz o título do projeto é o “CAMINHO PARA O FUTURO”.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


Já é tempo de viver

Já é tempo de refletir
E de começar a mudar
Se a mão que vai destruir
Também serve para plantar
 É gostoso ver brotar cada
Planta em nosso caminho

Purificando o ar de viver
E continuar assim
Aves coloridas no céu e animais
A passear na floresta

Façam uma festa pra
Sempre no seu habitat

Falar da paz faz bem  ao coração
E a frase mais sonhada
Que a gente quer dizer
“É que a natureza está
Em tudo e quer viver.”

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Marcas do Destino

Não devia ter cedido aos caprichos de sua mãe e ido acompanhá-la  à missa. O sermão do padre Romeu ecoava nos pensamentos de Rogério. “Não matarás”. “Não cobiçarás a mulher do próximo...”. Estas palavras tinham para Rogério um sabor diferente naquela tarde de verão.  Por que resolvera voltar para aquela pacata e pequena cidade de Herval? Devia ter escutado os conselhos de sua progenitora e permanecido em Porto Alegre, mas não. Sempre quisera retornar, como se sua alma estive presa ao seu destino. E qual seria?  Já não tinha mais certeza de nada. O medo tomava conta de seu ser, de suas entranhas. Uma brisa suave, fruto da chuva que há poucos minutos caíra, fez-lhe arrepiar-se. Devo ir ao encontro de Adolfo? Ou devo fingir que não recebi seu bilhete requisitando minha presença em sua casa? Se optar pela primeira, como diz minha mãe “Darei pano pra manga”; mas por outro lado se resolver comparecer, poderia ter uma bela surpresa, afinal de contas sempre fomos amigos. Porém algo lhe dizia que esta visita não seria como as outras. Por fora se envolver com ela? Por que permitira que seus instintos lhe governassem e lhe tirassem o chão? Quanto mais caminhava, mas suas lembranças lhe perseguiam como flechas.
Há seis meses decidira que era melhor voltar paras casa. Casa, sentia falta de comida caseira, dos afagos da mãe, agora idosa, das conversas com os amigos no entorno da praça, das visitas aos parentes. Tudo isto tinha um sabor especial e já estava farto da vida na capital. Lá tudo era efêmero e sem sentido. Amizades? Não as tinha. Alguns poucos colegas de trabalho com quem pudesse contar. Tinha feito as vontades da mãe e cursado Direito, podia dizer que era um advogado brilhante, mas sua vida não estava completa. Algo lhe faltava. Queria uma vida simples, uma família, quem sabe filhos. Após longa reflexão resolvera mudar seu estilo de vida e juntara seus pertences, partindo em direção de sua terra natal para recomeçar.
No dia de sua chegada, a mãe lhe fizera uma surpresa reunindo seus antigos colegas de escola. D. Marta estava certa de que aquele seria um dia especial, pois já fazia oito anos que não punha os pés naquele rincão. A casa estava em festa, doces variados, tortas dos mais diferentes tipos, flores enfeitando os vasos, afinal estava chegando a primavera. Rogério estacionou seu carro de luxo em frente à casa materna e estranhou a quietude do lugar. Outrora esta tinha sido uma casa muito alegre, onde os amigos eram sempre bem vindos a qualquer momento. Transpôs o portão do jardim, tendo aquela sensação de estar em casa novamente. A porta da frente se abriu, dando passagem a uma senhora de cabelos brancos e olhar doce. O abraço foi longo e apertado, como se a saudade pudesse deixar de existir. No interior da casa havia vários parentes e amigos a espera dos cumprimentos e de saber as novas da capital. Entre os presentes havia um casal que lhe chamou a atenção. Carlos fora seu melhor amigo na adolescência, com ele dividira seus anseios, seus medos e as aventuras. Lá estava ele, com ar sério, havia crescido e amadurecido. Tornara-se professor, conforme desejo de seus pais. Ao seu lado uma linda moça, de cabelos dourados, sorriso franco que exibiam uma fileira de dentes perfeitos. Era graciosa, sem ser vulgar. Tinha lindos olhos verdes, tão profundos que o fizeram lembrar de Capitu.
Ao cumprimentá-la parecia que o tempo havia parado e só existissem os dois naquela sala. Foi desperto pelo som da voz do amigo ao apresentar-lhe: “ Esta é a minha esposa Francesca.” Como que saído de um sonho, forçou um sorriso e estendeu a mão para  efetivar as apresentações.  Durante todo o tempo em que a casa esteve repleta de parentes e amigos, Rogério teve dificuldades de concentrar-se nas conversas, pois seus olhos teimavam em buscar o aconchego de um outro olhar. Sabia que não tinha o direito de admirar, pensar e muito menos cobiçar a mulher de seu melhor amigo, mas como que movido por uma força estranha, percebia-se escravo daquele sorriso, daquele perfuma de flores do campo.
Os dias se passaram e Carlos exigiu a presença de Rogério em sua casa para um jantar. Este foi o início de uma convivência que se seguiria em passeios, jantares, almoços. A cada novo encontro, Rogério envolvia-se mais e mais pelos encantos de Francesca, que correspondia também aos seus desejos. Marcaram um encontro na casa de uma outra amiga em comum e dali passaram a se ver com frequência, aumentando a angústia em Rogério pela traição ao seu grande amigo.  Como podiam resolver esta questão , sem que alguém saísse ferido?
Dolores, amiga de Francesca, era uma cigana que há muito havia se desgarrado de seu bando, propôs-se a jogar cartas para ela, com a finalidade de buscar uma solução para o triângulo amoroso. Após longos minutos, observando o baralho, garantiu-lhe que Carlos nada faria contra os dois amantes e que eles poderiam viver em paz.
Francesca,aliviada com as palavras sábias de sua amiga, contou a Rogério o que as cartas haviam mostrado, dizendo-lhe que não ficasse com medo, pois o futuro para eles era promissor.
Assim como Madame Bovary, Francesca deixou-se convencer pelas palavras de sua fiel amiga, não percebendo que seus olhos de cigana traduziam inveja e ambição. Dolores dera “corda para os amantes se enforcarem”, como diz o velho ditado popular. Tinha em mente armar contra Francesca uma cilada para que seu adorado Carlos pudesse ser seu um dia, mas para isso precisava eliminar sua doce esposa. Não aguentava mais fingir uma amizade que estava longe de sentir por aquela dissimulada da Francesca, mas tinha que ter cuidado ao arquitetar seu plano de vingança.  Começou a enviar a Carlos cartas anônimas onde deixava transparecer que sua adorada esposa estava lhe sendo infiel. Aconselhava-o a vigiar os passeios dela e de seu melhor amigo, Rogério.
O verão havia chegado em toda a sua plenitude, Carlos martirizava-se pela dúvida. Não queria acreditar nas cartas que recebera, mas como deixar de perceber as atitudes frias de sua amada. Há muito ela deixara de procurá-lo e seu olhos não sorriam mais ao vê-lo chegar da escola. Embora ela não descuidasse dos afazeres domésticos, percebia que ela não estava feliz em sua companhia, mas como iria viver sem ela? Como seriam seus dias e noites sem o calor de seu corpo? Prefiria a morte. Morte? Este pensamento vinha-lhe assombrando com muita frequência. Não podia desconfiar de Rogério. Ele era o seu melhor amigo, não era? A simples possibilidade de ver os dois juntos, embrulhava-lhe o estômago. Não, precisava descobrir a verdade, nem que para isso fosse preciso lavar sua honra com sangue.
Chamou Rogério para uma conversa. Se ele fosse culpado como sugeriam as cartas, ele pagaria com a vida. Francesca , adiantou-se e mandou um recado para Dolores, dizendo que estava apavorada, pois Carlos devia ter descoberto tudo. Pediu-lhe que viesse a sua casa no mesmo horário, pois tinha medo do que ele pudesse fazer.
Na hora marcada,lá estavam todos. Carlos, enfurecido, exigia explicações , apontando uma arma. Francesca chorava a um canto, implorando que Carlos tivesse piedade. Rogério, alvo principal da arma, justificava-se dizendo que amava Francesca e que nunca tivera intenção de feri-lo. Dolores assistia a tua com um sorriso de satisfação nos lábios . Nisto, alguém  bate `a porta distraindo a atenção de Carlos. Rogério lançasse-se sobre ele para tentar tirar-lhe o revólver. Este dispara. O silêncio que se segue é mortal. O tiro que parte da arma acerta o peito de Dolores que cai ao chão, balbuciando as seguintes palavras: Carlos, eu te amo!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010




Astor Piazzolla & Gerry Mulligan - Years of Solitude - Italy 74






O MELHOR REMÉDIO PARA A ALMA É O SOSSEGO E A PAZ DE ESPIRITO...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Crianças e poesias

"Brincar com palavras traz o encantamento, o imaginário, a esperança em um mundo melhor. Estimular crianças a criar , a refletir, a viajar na leitura é a tarefa de todo educador. Ele precisa estar convicto de que a melhor forma de se chegar ao coração de uma criança é através do encantamento. A poesia nos permite associar ideias, estimular a criatividade e brincar com as palavras."

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Crianças e Poesias

O imaginário ajuda a formar a personalidade. Ler histórias, contos, fábulas e poesias para as crianças é o primeiro e principal passo rumo ao estabelecimento desse grande amor que deve existir entre as pessoas e os livros. As crianças também tem que se divertir com as imagens, se encantar com as rimas, se deslumbrar com as histórias e, depois de tudo isso se sentirem motivadas a conversar sobre o que leram ou ouviram, escrever suas próprias rimas e contos, transcrever em forma de desenhos as histórias ouvidas, de forma a mostrar o seu entendimento a cerca das mesmas.
A Literatura infantil facilitando o acesso ao mundo da fantasia e do fantástico estimula a criatividade, bem como a construção de uma identidade pessoal. Isso ocorre porque a arte faz fluir a imaginação das crianças
.

sábado, 27 de novembro de 2010

Dialogando com uma Família Tipica da nossa região .

                        Dialogando com uma Família Tipica da Nossa Região . 

  Tenho uma amiga Hervalense,Raqueli.
  Foi visitar uma amiga de infancia Roberta .
  Durante o passeio pediu-lhe um havio.
  Raqueli respondeu:
- Ver oque? Ver quem?
Roberta : Ué, voçê não usa para acender seu cigarro ?
Raqueli responde : muito sem jeito fingiu que havia entendido .
Logo adiante apareceu João e o passeio ficou mais agradável.
- João disse:
_Manda um piá ,na budéga comprar uma pinga .
Raqueli sentiu-se deslocada devido a sua diversidade cultural .